Nós, enquanto seres humanos, temos uma grande tendência em buscarmos os nossos próprios interesses, e isso não é errado.
Errado, pode ser para onde está direcionado esse interesse, o que nos impulsiona a buscá-lo. É para nada além do nosso próprio benefício?
Não é errado, por exemplo, se o nosso interesse estiver em agradar o coração de Deus, não mesmo. Como está escrito em Mateus 6.21: “Onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”. O que nos faz entender que buscar o nosso interesse não é errado, desde que o nosso coração esteja posto no lugar certo.
Certa vez, li algo interessante sobre a felicidade. Seria bem comum, não tivesse sido lido em um texto de uma prova para concurso, por isso me intrigou.
O autor iniciava com a seguinte pergunta: “Você é feliz?”. Em seguida, dava a seguinte orientação: procurar, primeiro, uma definição para felicidade, depois, examinar-se em busca de uma resposta. E, ele seguia dizendo: “Caso tenha ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário...”.
Isso me fez lembrar exatamente do que iniciei falando, sobre a grande tendência que temos em buscar aquilo que acreditamos nos fazer “felizes”.
Sabe quando temos um objetivo, ou sonho, e aquilo parece tão desejável, mas, ao mesmo tempo, tão alto, tão distante? A gente costuma chamar de sonho. “Meu sonho é...”; “Quando eu tiver isso, eu vou...”. Ser feliz? Será?
Você já parou para pensar, no por que de sermos tão insaciáveis quanto a essa busca à felicidade? Por que sempre estamos achando que isso, ou aquilo nos completará? Por que sempre estamos em busca de algo que nos preencha?
Lembremos que: “[...] a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário...”. E depois?
Quando, enfim, alcançamos aquilo que parecia tão alto, inalcançável, nos deparamos em auto-análise pós conquista e... Bem, e...? Cadê a euforia? Não devíamos permanecer felizes agora? Afinal de contas, conseguimos, não? Pelo menos é o que achamos.
Voltamos à estaca zero. Eis que agora surge algo completamente novo, algo que... “Não, desta vez é mesmo algo que, se eu conseguir, serei a pessoa mais feliz do mundo!”. Certo? Errado!
Já sabemos aonde isso vai terminar. Aliás, não vai terminar, é um ciclo sem fim. Somos mesmo insaciáveis.
Isso sem falar em quando não alcançamos o tão sonhado “sonho”. Frustração é o nosso nome, não é verdade?
Por que damos tanto valor a essas coisas, a ponto de substituir, a cada ciclo, uma coisa por outra, e sempre querendo mais?
Pois, foi numa situação como essa que, um dia, o Senhor falou ao meu coração e eu resolvi escrever: “Jamais podemos esquecer que Deus nos tem dado a presença do seu Espírito Consolador. Quando Jesus subiu aos céus deixou, juntamente com a herança conquistada na cruz, o seu Espírito consolador, para que viéssemos a ser pessoas felizes, independente das circunstâncias. Como está escrito em Neemias 8.10: "A alegria do Senhor é a nossa força". E é mesmo. Quando, aparentemente, não encontramos nada que nos possa fazer felizes, ou percebemos que, embora tivéssemos tudo que desejássemos, não seríamos felizes, é hora de receber essa alegria que vem do próprio Deus, através do seu Espírito Santo. A bíblia diz em Romanos 14.17 que, o reino dos céus consiste em paz, justiça e alegria no Espírito, mas não se trata de alegria humana, aquela passageira, que procura motivo para existir. Trata-se de o Espírito Santo entrar nas nossas vidas e nos proporcionar essa alegria. Só ele pode. É isso que eu tenho pedido a cada dia ao Senhor, uma alegria incondicional, a alegria que vem dele. Ela é a força para continuarmos essa longa e estreita jornada, que nos conduzirá ao reino dos céus. Que Deus possa estar colocando dentro de nós essa alegria, para que possamos resistir no dia mau e sabermos que Deus está conosco em toda e qualquer situação. Ainda que passemos pelo vale da sombra da morte, ele estará conosco. A sua alegria é a força para a nossa conquista. Seja o que for, ele nos fortalece.”.
E, ele me trouxe à memória algo que aprendi e escrevi há alguns anos, quando ele falava comigo: “Sou alguém que, por experiência própria, aprendeu a desejar a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor. Creio que a verdadeira felicidade está em desejar obedecê-lo, e obedecê-lo de todo coração. Desejo estar no centro da vontade de Deus, e a mim não interessa estar em qualquer outro lugar que não seja este. Eu quero esse Deus, quero muito. Quero levar a sua verdade aos quatro cantos dessa terra, e a sua paz àqueles que não a têm. Creio que Deus tem algo a realizar também em mim e, crendo assim, busco a concretização de suas promessas em minha vida.”. Eu entendi que tudo o que eu precisava era tê-lo.
Lembrei-me do grande Apóstolo Paulo, quando em 2 Coríntios 12.9, ouviu do próprio Deus: “A minha graça te basta...”.
De Pedro - em João 6.68: “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” – quando reconheceu que só Jesus podia preenchê-lo, e que fora dele nada fazia sentido. Ele sabia que Jesus é o único caminho, que não há outro.
Aprendi o que é necessitar desejar e optar pela vontade de Deus, ao invés da minha. Eu tive a necessidade de escolher, e escolhi desejar a sua vontade; sonhar os seus sonhos; ansiar por suas promessas sendo consumadas em mim, através da obediência e da aceitação da sua vontade em minha vida.
Em meio a tantas situações e tanto desejos em forma de “sonhos”, compreendi que a felicidade está em ter o seu Espírito Santo dentro de mim, só isso. É ele quem produz em mim o desejo pelo cumprimento da sua vontade que é boa, perfeita e agradável, quando nela estou inserido. Do contrário, serei uma pessoa totalmente infeliz, que culpa a Deus por interromper a minha “felicidade”.
Observemos em Gálatas 2.20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...”. Ora, se estou crucificado, estou morto; se estou morto, não vivo. Se Cristo vive em mim e não mais eu, como eu, estando morto, posso ter vontade própria? Então, como posso culpar a Deus por não fazer exatamente o que eu quero com a vida que eu acho ser minha, se eu a entreguei a ele? Como pode Cristo viver em mim, fazendo cumprir a minha vontade, exatamente a minha vontade e não a dele?
Se entregamos as nossas vidas a ele, é por que entendemos que agora é ele quem vive, e nós, não mais. Devemos compreender que embora o nosso sonho ou desejo seja algo necessário e imprescindível aos nossos olhos, é ele quem sabe o que é melhor para nós, e o que necessitamos realmente.
Como está escrito em Provérbios 16.1: “Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua.”. Não faria sentido se assim não fosse. Não teria sentido entregarmos as nossas vidas a ele todos os dias, se ele não pudesse cuidar de nós. Não faria sentido mesmo.
Em Romanos 12.2 diz: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”. Você percebe? Precisamos mudar o nosso pensamento no que diz respeito à vontade dele para as nossas vidas. Não é por que o Senhor não deseja exatamente o que nós desejamos para nós mesmos que ele não deseja o que é bom. Não é uma contrariedade. Não é birra de Deus. Não é manipulação dele, mas é o melhor dele para nós. E, o segredo está em amar a sua vontade e desejá-la de todo o coração. Se amarmos a vontade do Senhor quanto às nossas vidas, ela será boa, por que nos fará bem; perfeita, pois se encaixará perfeitamente em nós, nos tornando completos; e agradável, por que passaremos a desejá-la de tal forma, que ela passará a ser a nossa também. A vontade do Senhor enquanto resposta final decisiva, então, soará como música aos nossos ouvidos. Nós faremos planos, sim, mas o que nos importará mesmo é se Deus estará neles conosco.
Jamais esqueçamos que tudo o que Deus mais deseja é nos fazer pessoas felizes. A sua vontade consumada em nossas vidas, é resultado da nossa obediência a ele. Afinal, os seus planos são os melhores possíveis, - “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jeremias 29.11) - mas só se concretizarão em nós por meio da obediência. Quando obedecemos ao Senhor, a sua vontade se cumpre em nós; os seus planos de paz são consumados, nos dando tudo aquilo que necessitamos e sonhamos, pois passamos a sonhar os sonhos dele e a desejar vontade dele. Quando isso acontece, passamos a viver a plenitude de tudo aquilo que Deus tem para nós, e seremos pessoas completamente felizes, pois temos o próprio Deus dentro de nós.
Que Deus te abençoe.
Janaina N. Jardim.
Muito Obrigado por essa Palavra....Deus abençoe vçs Casal de Missionários....
ResponderExcluirAmamos vocês. S2ºº
ResponderExcluirAmiga, que bom de ter aqui na blogosfera cristã!
ResponderExcluirHUHUHUHUHUHUUUUUUUU